quarta-feira, 17 de março de 2010

Cada um com seu cada um...

Assisti um filme muito bom, cujo título é C.R.A.Z.Y. - Loucos de amor (apesar do nome, vale dizer que o filme é Francês). Basicamente, trata do amor de um pai por seus cinco filhos, com foco especial em um deles.

Parece simples e mais um roteiro sem grandes novidades. Mas, não é. É maravilhoso. Eu adorei. O filme retrata os preconceitos sociais da década de 60 até meados de 80 (sei lá...por aí! Assumo que não prestei muita atenção nisso..rs), especialmente sobre a visão daquele pai acerca da homossexualidade de seu filho. Se hoje a coisa ainda é vista com ressalvas, imaginem naquele tempo!!!.

Não sou muito boa para falar sobre filmes, mas digo que ele narra o preconceito que este pai nutriu durante toda sua vida e que o impediu de demonstrar e receber muito amor (interessante porque dá para notar como existem coisas simples de serem resolvidas e que dependem exclusivamente de nossa boa vontade, enfim!).

Igualmente, mostra que mesmo com todas as dicas que este filho deu sobre suas preferências, este pai preferiu "fingir" que não enxergava e tentou a todo custo esconder esta verdade de si e dos outros ao seu redor, tornando-se um tanto duro no dia a dia e uma vítima de seu próprio preconceito.

Não vou contar o final do filme para não dar uma de estraga prazeres, mas aqui ficam algumas questões para quem quiser pensar sobre isto: Para que deixar de aproveitar os momentos que temos com quem amamos por intolerância? Será que isso nos trará arrependimento futuro? Se na essência somos todos iguais, por que é tão difícil aceitarmos as diferenças?

Que tal aceitarmos que não somos senhores da razão e aprendermos a ser humildes? Humildes para encararmos o fato de que durante nossa jornada nessa vida, vamos errar e/ou ultrapassar alguns limites de convivência e que para mudar isso, basta um pedido simples e sincero de desculpas! Será tão difícil? Vale à pena sofrer uma ausência por orgulho? Sei não...

Certamente, a mágica será um recomeço mais leve, mais maduro e muito mais feliz...

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